terça-feira, 20 de outubro de 2015

Relações Interpessoais


"O homem não teceu a rede da vida; é apenas um dos fios dela. O que quer que faça à rede, fará a si mesmo".
Cacique Norte Americano 1984


Perceber a importância do outro como fonte de estímulos e crescimento mútuos.

Em qualquer pessoa, na nossa dinâmica do dia-a-dia, ora predomina um estado do Eu, ora do outro.
Então, por que uma pessoa tem sucesso, é feliz, e outra não?
Porque cada um de nós cria uma representação do mundo gerada pela sua experiência anterior, pela sua história. 
Então, tudo o que acontece conosco é responsabilidade nossa; quando estamos bem, é porque estamos sabendo usar equilibradamente nossos estados do Eu na nossa relação com o outro. Quando estamos mal, é porque não estamos administrando com equilíbrio nossos estados.
Infelizmente, você foi ensinado a ver o outro como um adversário perigoso, diante do qual tem de se defender e se manter afastado. É verdade que existem pessoas não confiáveis, mas é perigoso generalizar e, com isso, impedir-se de confiar, interagir, compartilhar e crescer.
O seu aprendizado inicial sobre como se relacionar com as pessoas deu-se primeiramente no seu meio familiar. Foi vivendo e sentindo a sua relação com a família, foi observando como os adultos se relacionavam que você aprendeu e concluiu sobre o relacionamento com as pessoas.
Se a sua experiência foi favorável, na qual as relações eram de respeito, atenção, carinho, aceitação, provavelmente foi este o seu aprendizado e é esta a sua tendência de conduta em relação às pessoas. Por outro lado, se a sua experiência foi desfavorável, contendo desatenção, desrespeito, desamor, agressividade, provavelmente foi este o seu aprendizado e é este o seu padrão de conduta com relação às pessoas.

O que é relacionar-se bem?

  • Significa ver o outro como alguém que, mesmo com deficiências e limitações, é uma pessoa importante como você e o que mais deseja também é ser feliz.
  • É saber ouvir o outro. É saber escutá-lo enquanto ele fala, em vez de começar a julgar e construir o que você vai responder, porque, quando você faz isso, não está ouvindo o outro, mas os seus próprios pensamentos.
  • É estar receptivo a ver o outro como alguém que, mesmo diferente de você, tem muito a lhe ensinar.
  • É ser flexível, é estar disposto a rever seus conceitos, preconceitos, posturas, quando o que o outro argumenta faz sentido, e todos, inclusive você, vão se beneficiar com isto.
  • É saber colocar limites, dizer não de forma adequada sem desqualificar o outro, possibilitando o seu crescimento.   
  • É saber elogiar e reconhecer o outro na sua competência e no seu talento.
  • É saber perdoar e não se eleger como dono da verdade, como uma pessoa perfeita, mas sentir que perdoar é libertar-se do mal-estar, da mágoa e do ressentimento.
  • É fazer uma parceria com o outro, em que juntos, ouvindo-se, respeitando-se e admirando-se, possam crescer e evoluir.

Estar com alguém


  • Quando você busca estar com alguém ou com várias pessoas, esta busca é intuitiva, é uma maneira de suprir muitas das suas necessidades psicológicas.
  • Quando você está bem, você busca nas suas relações um complemento para o seu bem-estar, você busca pessoas que o tratem com o respeito e o afeto que você merece. Se você estiver mal, sentindo-se incapaz, inferior, não merecedor, terá a tendência de buscar nas relações o complemento para este mal-estar: desrespeito, desqualificação, agressividade.
  • E você deve estar se perguntando agora, "Mas eu faço isto comigo?". Na verdade você faz isto de forma inconsciente. Mas saiba que, quando se refere a comportamento, você não está condenado a ser o que não quer ser. Você tem a possibilidade de rever as suas formas de pensar, sentir e agir, experimentando novos caminhos.
  • Você é responsável pela sua vida também no que diz respeito às relações interpessoais. Geralmente, o que lhe acontece tem participação sua.
     
          
           

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