1. Antes da Revolução Industrial
Segundo Bergamini (1997), as formas de motivação dos empregados nas organizações e nas relações trabalhistas eram feitas por meio de punições, ou seja, desenvolvendo o medo, sendo psicológica, financeira e até física.
2. Durante a Revolução Industrial
Foram feitos investimentos altíssimos para aumentarem e acelerarem a eficiência e assim obter melhores resultados, havendo uma preocupação com as melhorias das condições de trabalho. A administração buscava delinear planos salariais com o objetivo de estimular os colaboradores. Quanto maior a rapidez, produção e batimento de metas, maior o ganho financeiro.
Os "Tayloristas" defendiam que o dinheiro era o maior motivador de todos. As operações de trabalho passaram a ser simples e rotineiras com cargos fracionados nas linhas de montagem. Sendo assim, cai a punição, e entra o dinheiro. Os administradores acreditavam que os indivíduos escolhiam seus empregos não pelo cargo, mas sim pela remuneração. Com a produtividade máxima, os operários perceberam que estavam arriscando sua segurança.
Por volta de 1930, Elton Mayo apresenta uma nova proposta. Era preciso considerar o indivíduo como um todo, de modo que, a melhor maneira de motivar os empregados seria adotar uma postura que considerasse o comportamento social dos mesmos.
Os administradores procuravam fazer com que os empregados se sentissem úteis e importantes no trabalho, promovendo o reconhecimento do valor de cada um, buscando a satisfação das necessidades sociais. Os trabalhadores passaram a conhecer todos os passos da organização, podendo opinar, criticar e sugerir na produção e administração. As recompensas deixaram de ser individuais e se tornaram grupais, valorizando e motivando as equipes. Muda-se a preocupação das organizações: era preciso buscar estratégias que possam manter as pessoas motivadas dentro do ambiente de trabalho. Reconhecem que o trabalho possui um sentido para o trabalhador à medida que estão envolvidas por ele. Há uma motivação e um significado diferente para cada um.
Motivação Extrínseca
Bergamini (1987) aponta a existência de reforçadores de comportamento capazes de modelar e mudar muitas atitudes do grupo. Há um feedback positivo quando são oferecidos premiações:
- Salários e prêmios extras;
- Segurança;
- Melhores condições de trabalho e etc.
São elementos motivadores que impulsionam os trabalhadores a realizá-lo, ou mesmo a recuperá-los quando os perderam. Mas, se as empresas tomarem a iniciativa de retirarem o reforçador extrínseco, o comportamento estimulado desaparecerá, podendo levar a um ambiente frustante. Seria condicionar ao resultado da tarefa realizada: o prazer não está na atividade, mas na consequência da atividade. Existem quatro efeitos do condicionamento provocado pelas organizações e seus respectivos resultados alcançados:
1. Reação Positiva Imediata
Conquistada ao se divulgar a ideia da premiação na empresa. Desperta a sensação de que em curto prazo, os efeitos desejados foram atingidos, uma vez que observa a motivação dos funcionários em saber da gratificação, levando-os a se dedicarem com mais entusiasmo no trabalho.
Problema: este tipo de campanha quando bem sucedida chega a durar em média de 3 a 5 anos.
2. Transitoriedade
Caracteriza-se pelo aspecto de não repetir o mesmo prêmio mais de uma vez. O prêmio para continuar motivando os trabalhadores precisa ser sempre maior.
Problema: acarreta em custos altos caso a organização queira dar continuidade ao programa de incentivo.
3. Quebra de Continuidade
A quebra de continuidade do sistema de premiação é problemática, pois as pessoas que antes tinham os benefícios irão se sentir punidas sem razão aparente, gerando um clima de frustração.
Problema: surge a insatisfação e críticas negativas apontando a ideia de que tal programa para ter esse fim não precisaria ser iniciado.
4. Sensação de Injustiça
Sentimento que passa a fazer parte das atitudes dos trabalhadores lesados com o fim do programa de premiação.
Problemas: clima hostil e reclamações de difícil resolução.
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