quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Conceitos Básicos de Economia



Introduzir os conceitos teóricos de economia enfocando desde o seus primórdios conforme análise clássica

O mundo dos negócios está ligado ao estudo da economia

Entenda-se por sistema econômico o conjunto de empresas, governo e pessoas que, conjugadas, trabalham para conseguirmos atingir um grau maior de qualidade em nossas vidas.
Esse sistema econômico funciona com base em três fluxos distintos:

  • Fluxo da produção
  • Fluxo do consumo
  • Fluxo do investimento

O fluxo da produção refere-se a tudo o que é produzido e ofertado pelas empresas manufatureiras. Quando você vai ao supermercado e encontra na prateleira um suco de laranja engarrafado, nem nem para pensar que até se transformar em suco, aquele produto passou por diversas etapas. O mesmo acontece com a salsicha, que era porco antes de virar produto na prateleira; com o tecido, que era algodão, transformou-se em fio e passou a ser tecido, até transformar-se na camisa que você está vestindo! Tudo isso caracteriza o fluxo de produção. Porém, o fluxo de produção é mais que isso. O sujeito que colhe um cesto de jabuticabas e oferece na beira da estrada também está inserido neste contexto. Fácil, não é?

Fluxo de produção é a oferta de bens e serviços ao mercado.

Quando alguém oferta bens e serviços no mercado, é porque existe alguém interessado nesses produtos. Isso é fluxo de consumo. Quando você compra o suco, a salsicha, a camisa, as jabuticabas ou, ainda, contrata os serviços de uma faxineira, você faz parte deste fluxo.
Em economês, como é chamada de forma bem-humorada a linguagem técnica utilizada pelos economistas, o fluxo de consumo é conhecido como demanda.
O fluxo do investimento é representado pelo montante de dinheiro aplicado em máquinas e equipamentos que irão gerar um acréscimo de bens de consumo.
Para que haja investimento, é necessário que haja poupança.
Prosseguindo em nossas definições de economia, é interessante ressaltar que ela pode ser dividida em dois grandes pólos de análise:

  • Microeconomia
  • Macroeconomia

Microeconomia - A análise microeconômica iniciou-se por volta do século XVIII. Os primeiros estudiosos foram os chamados economistas clássicos em que despontaram Adam Smith, David Ricardo e Jonh Stuart Mill, na Inglaterra, e Jean Baptiste Say, na França. Segundo eles, o comportamento de toda a economia podia ser justificado pelo comportamento individual dos chamados agentes econômicos, pessoas e empresas responsáveis pelo consumo e pela produção dos bens; o mercado por si só era suficiente para equilibrar as distorções econômicas, como a inflação e o desemprego. A negociação entre consumidores e empresas terminava com o estabelecimento do preço justo o conveniado entre as partes negociantes. Por este motivo, a análise microeconômica também é conhecida como a Teoria dos Preços.

Macroeconomia - A Primeira Guerra Mundial foi o marco inicial de que alguma coisa estava errada com relação à Teoria dos Preços. Com o fim da guerra, a Alemanha enfrentou durante algum tempo uma grave crise de hiperinflação, ou seja, a inflação chegou a níveis assustadores. Era comum, por exemplo, alguém comprar pão com um carrinho de construção cheio de dinheiro pela manhã para, pouco tempo depois, constatar que um carrinho somente não era suficiente para adquirir a mesma quantidade de pão comprada pela manhã. O clássico filme Cabaret, de 1972, registrou muito bem esse período.
Mas por volta de 1930, com a crise econômica nos Estados Unidos, que a macroeconomia começou a despontar. É que, nessa época, ocorreu uma forte queda de toda a atividade econômica, conhecida como Grande Depressão. Surgiu, então, alguém que começou a questionar os princípios da microeconomia, baseados no individualismo, na força corretiva do próprio mercado, que, segundo Adam Smith, se encarregava de corrigir os desvios e fazer com que a economia retornasse seu rumo.




Foi o inglês John Keynes que deu um novo rumo a economia, com o lançamento de seu livro A Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda, em 1936. Ele passou a destacar a importância da análise global em contraposição ao individualismo característico da microeconomia.
Contrariando a análise econômica clássica, Keynes demonstrou que o mercado por si só não era suficiente para equilibrar as distorções econômicas e apontou a necessidade de se pensar no conjunto global em lugar das ações individuais.
Destacou a importância do Governo para corrigir desequilíbrios sempre que o mercado se mostrasse incapaz de absorver os desvios da economia.
A macroeconomia possui algumas ferramentas muito úteis quando queremos dimensionar o tamanho de um mercado. São as chamadas medidas de desempenho global:

  • Produto Nacional Bruto
  • Produto Interno Bruto
  • Renda Nacional 
  • Renda Per Capita

Produto Nacional Bruto - É o valor monetário de toda a produção anual de um país, considerados apenas os produtos finais. O PNB inclui, portanto, todos os bens de consumo e de investimento, inclusive o acréscimo aos estoques, mas somente no que se refere a produtos finais.
Com isso, queremos dizer que não são considerados os produtos intermediários, como o algodão, o fio e o tecido. É considerado somente o valor da camisa. Esta medida é para que não haja mais de uma contagem de um mesmo produto. Afinal, a camisa já incorpora no seu valor todos os outros valores anteriores, do algodão no seu estado inicial, do fio e do tecido. Quem precisou do algodão para fazer o fio teve de pagar por ele. Quem precisou do fio para fazer o tecido também teve de pagar. Finalmente, o produtor da camisa pagou pelo tecido. Na computação do valor do PNB, só interessa o valor da camisa. O PNB incorpora ainda o resultado das vendas para o exterior menos as compras realizadas de outros países.

Produto Interno Bruto - Cuja abreviação é muito mais usada (PIB), difere do PNB por não considerar o resultado das exportações e importações. O PIB, em geral, é muito mais usado do que o PNB. Portanto, quando você ouvir a notícia no jornal da TV afirmando que o PIB cresceu ou crescerá tanto, você já sabe do que se trata.

Renda Nacional - Diz respeito á remuneração recebida por todos aqueles que, de uma forma ou de outra, recebem pagamento por participar da produção. Aqui, estão incluídos os salários dos trabalhadores, a remuneração paga aos detentores das propriedades que são alugadas para que a produção possa ocorrer e os juros pagos aos que emprestam dinheiro para as empresas produtoras. Assim, a soma de todos esses valores, de um modo geral, forma o que é chamado de Renda Nacional.

Renda Per Capita - é a relação que existe entre a Renda Nacional dividida pelo número de habitantes de um país. 
Todas essas medidas são importantes, porque nos dão uma ideia do tamanho de cada mercado. Em negócios, essas medidas, em geral, são utilizadas quando queremos comparar o tamanho dos mercados estrangeiros com o nosso. São fundamentais quando pensamos em vender nossos produtos em outros países.

Setores Empresariais

O primeiro passo a ser dado para quem quer abrir uma pequena empresa é saber em que setor de atividade pretende atuar. Os setores empresariais podem ser divididos da seguinte forma:

  • Setor Agrícola 
  • Setor Industrial
  • Setor de Serviços

O Setor Agrícola comporta a atividade pecuária. Assim, quem quer plantar para vender está pensando em ter seu ramo de atividade baseado na agricultura. É o que ocorre nas feiras livres. Nesse setor, também conhecido como setor primário, encontram-se ainda as atividades relacionadas com a criação de gado. O fazendeiro que cria boi para abate e venda de carne é o exemplo mais evidente do pecuarista.

O Setor Industrial também é conhecido como setor secundário e engloba todas as funções de produção que passam por transformação. Assim, o café, que é plantado e colhido, se transforma em pó solúvel e é vendido no supermercado, é apenas um exemplo de produção industrial.
Um país que tem um forte setor industrial possui uma economia forte. É que a industria transforma bens sem muito valor em produtos finais com maior valor que no seu estágio inicial. A mão do homem trabalha os bens primários e, com a ajuda de máquinas e equipamentos, acaba por agregar valor a eles, tornando-os mais caros.

O Setor de Serviços é o que engloba o comércio de uma maneira geral. Aí incluímos as lanchonetes, os postos de gasolina, as oficinas mecânicas, os hotéis, os parques de diversões, enfim, toda uma gama de atividades que compõem este setor.
Segundo as previsões dos analistas, é no setor de serviços que encontraremos as principais oportunidades para quem quer iniciar no mundo de negócios.
O que importa saber é que a economia está dividida em três setores:

1. Setor Primário
2. Setor Secundário
3. Setor Terciário


  

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