Mostrar as principais características funcionais das empresas de pequena dimensão e sua relevância socioeconômica
Pequenas empresas: importância econômica
Estudos mais recentes demonstram que as empresas de pequena dimensão vêm se constituindo na base da economia na maioria dos países. No Brasil,
- cresce o número de empresas registradas em 10%;
- são 3,5 milhões de organizações, que representam 98,3% do total de empresas registradas;
- respondem por 20,4% do PIB;
- empregam 59,4% da mão-de-obra ocupada no País.
(Fonte: Giaciola, 1995; Souza, 1995.)
O que são pequenas empresas?
Independentemente
da referência legal, existem diversas formas para definir o que são pequenas
empresas. A adoção de uma fórmula global para agrupar essas empresas pode criar
distorções. O que é grande para um determinado setor de atividade, pode não ser
para outro. E ainda podem existir variações regionais.
Portanto
adota-se como alternativa o termo empresa de pequena dimensão. Neste grupo,
incluem-se organizações empresariais que, independentemente do número de
empregados ou do faturamento, apresentam algumas características peculiares. As
principais são:
- Proprietários e administração interdependentes: Na empresa de pequena dimensão o dono e a empresa se confundem. Frequentemente utilizam a mesma conta bancária ou se localizam no mesmo endereço. Não existe uma diferença clara entre os assuntos particulares do empreendedor e as atividades empresariais.
- Não domina o setor onde opera: Geralmente as empresas de pequena dimensão ocupam um espaço bem definido no mercado. Por exemplo, uma oficina mecânica dedicada ao conserto de aparelhos de ar-condicionados para veículos poderá ser a melhor do mercado, mas dificilmente será dominante no setor de mecânica de veículos.
- Estrutura organizacional simples: As empresas de pequena dimensão, em geral, dedicam-se à produção de bens e serviços específicos e operam com poucos empregados. Esta situação lhes permite manter uma organização relativamente simples, com poucos níveis hierárquicos e uma grande concentração de autoridade. (Souza, 1995)
Além das características apresentadas, é conveniente citar as apontadas por Loucks (1988). Segundo ele, as empresas de pequena dimensão se destacam por:
- maior intensidade de trabalho em relação às grandes empresas;
- melhor aproveitamento dos talentos e energias individuais;
- relação maior entre empregados oferecidos e capital investido;
- tornar os indivíduos, incluindo os empregados, mais independentes;
- exploração de mercados que não parecem atrativos para as grandes empresas.
A Sobrevivência da Empresa
A sobrevivência das
empresas de pequena dimensão está intimamente relacionada com as
características do empreendedor, os fatores internos e os fatores externos.
Isso não significa que a atividade empreendedora seja arriscada. Ela se torna
arriscada, porque a maioria dos empreendedores ignoram a essência da vida
empresarial e violam regras elementares. O caminho para o sucesso é adquirir um
conhecimento mínimo do negócio e desenvolver as habilidades necessárias para
operá-lo.
Por último, é pertinente
destacar que a sociedade atual impõe às empresas um processo contínuo de
aperfeiçoamento. Neste contexto, as empresas tendem a diferenciar-se pelo
caráter inovador dos seus produtos, processos de produção, formas de
comercialização etc.
Empresa inovadora é a que introduz novas ideias para fazer as coisas - ou é aquela que faz coisas novas.
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