quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A Demanda e a Oferta


Fornecer os aspectos fundamentais da demanda e da oferta conforme análise clássica tradicional com transposição para o mundo atual com base no comportamento da clientela

Adam Smith deu o nome de demanda ao movimento composto pela ação dos consumidores na tentativa de satisfazer suas necessidades no mercado. Assim, no nosso sistema econômico, quando você vai ao cinema, ou compra um produto ou serviço qualquer que implica a aquisição de algo, na verdade, está exercendo um poder de compra que Smith definiu como demanda. Neste sentido, e para simplificar, demanda pode ser o mesmo que comprar, adquirir um produto ou serviço qualquer.

Produto e Serviço

Para simplificar mais ainda e tornar essa explicação mais compreensível, é bom distinguir produto de serviço. O produto em geral diz respeito a algo que, como o nome está dizendo, se originou de uma produção física de um bem. Por exemplo, a Coca-Cola, é um dos produtos mais conhecidos no mundo inteiro. Seja qual for a embalagem, de dois litros ou em copo, como é vendida nas lanchonetes, todos conhecem esse produto, cuja fórmula é um dos maiores segredos do mercado. A fabricação da Coca-Cola gera um produto, o líquido que podemos beber. Da mesma forma, a cadeira onde você está sentado é um produto, isto é, representa a produção física de um bem. 

Quanto ao serviço, é tudo aquilo que também preenche uma lacuna de demanda, ou seja, atende a uma necessidade de mercado, assim como o produto, mas que não é representado pela produção física de um bem. Quer ver um exemplo? A mesma Coca-Cola que foi produzida conforme explicado acima, tem de ser vendida para que o processo de fabricação continue. Na verdade, tudo que é produzido tem um destino: vai parar nas mãos do consumidor, que nada mais faz do que exercer seu poder de demanda.
A venda da Coca-Cola é um processo complementar à fabricação e diz respeito à sua distribuição. Desde que sai da fábrica, a distribuição da Coca-Cola é um serviço.
Inicialmente, é prestado pela própria fábrica, que distribui o produto nos seus postos de venda. Estes são representados pelos distribuidores atacadistas - vendedores em grande quantidade, supermercados por exemplo - ou pelos varejistas, que são os bares, lanchonetes, restaurantes. Todos vendem a Coca-Cola para os consumidores finais, que somos nós.


Produto é gerado pela fabricação, e você pode tocá-lo, pois existe fisicamente. Serviço não é gerado pelo ato de fabricar e não pode ser tocado fisicamente. Ambos são bens fornecidos pelo mercado e visam atender à demanda, ou seja, à necessidade dos consumidores. No exemplo acima, o mercado de Coca-Cola é qualquer local onde este produto possa ser encontrado, seja na lanchonete, no supermercado, no restaurante etc.  

  



Características da Demanda

Uma das principais características da demanda, por exemplo, é a chamada lei da demanda. De acordo com esta lei, existe uma cumplicidade entre preços baixos e demanda. Em outras palavras, quanto menor o preço de um produto, maior será a quantidade demandada. O inverso é verdadeiro, ou seja, quanto maior o preço de um produto, menor será a quantidade demandada.

Preço Baixo = Demanda Alta

Preço Alto = Demanda Baixa

Da mesma forma, outra importante lei econômica ressalta que, quanto maior nossa renda, maior será nossa tendência de consumo. Isso também parece ser óbvio: se você tiver dinheiro, haverá a possibilidade de consumo; se você não tiver, ficará difícil de consumir.


Oferta

Oferta é isso mesmo que o nome indica, ou seja, a variada gama de bens e serviços que são ofertados pelas empresas e governo e que visam atender a uma certa demanda exercida pelos consumidores a um determinado preço. Ao contrário do que acontece com a demanda, no caso da oferta, quanto maior o preço, maior o incentivo para se ofertar, ou seja, para se produzir. Portanto, o que constitui desestímulo no caso da demanda é estímulo à atividade produtiva no caso da oferta.
Parece claro e é mesmo. Imagine que você resolva ir a um shopping para comprar um tênis, por exemplo. Após consultar os preços de duas lojas, você encontra o mesmo par de tênis por R$ 80,00 na loja A e R$ 70,00 na loja B. Pergunta-se: em qual das duas lojas você exerceria sua demanda? Provavelmente na loja B, não é mesmo?
Agora, vamos imaginar que você é o dono da loja A e alguém lhe informa que você poderá vender o par de tênis em questão por R$ 80,00 ou R$ 70,00 e que, em ambos os casos, você venderia a mesma quantidade de tênis. Qual seria sua opção como comerciante que está ofertando um produto para os consumidores?
A sua opção provavelmente seria vender pelo preço mais caro, uma vez que a demanda seria a mesma.
Bem, se de um lado temos os consumidores querendo comprar a um preço mais baixo e de outro os empresários querendo vender a um preço mais alto, como conciliar esses interesses contrários? Segundo Adam Smith, o próprio mercado se encarrega de fazer essa interação. Afirmava Smith que uma certa mão invisível do próprio mercado - em sentido figurado, é claro - ajeita as forças contrárias, fazendo com que os interesses de compradores e vendedores se ajustem em um nível de preços interessante para ambas as partes.
Na vida real, o que ocorre não fica muito longe disto. Imagine, por exemplo, alguém procurando um carro para comprar. Depois de muito procurar, o interessado acaba achando alguém que possui exatamente o carro desejado. Porém, o preço fica ainda um pouco além do que o comprador deseja pagar. A solução é tentar um acordo com o vendedor. Pechincha daqui, regateia de lá e o preço da venda acaba sendo estabelecido de comum acordo.
O que aconteceu neste caso foi a interação da força de demanda com a oferta, que acabaram por negociar um preço que satisfez ambas as partes. Segundo Smith, o mercado assim se comporta, de maneira perfeita em todas as negociações que ocorrem. 
Assim, percebemos que, no caso da oferta, o incentivo à venda é o preço mais alto que, por sua vez, é fonte de desestímulo ao consumo.

Quanto maior o preço, maior o estímulo à oferta.



Nenhum comentário:

Postar um comentário