segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Negócio


Apresentar as variáveis estratégicas preliminares de um negócio


Você viu como transformar uma ideia em um produto ou serviço. Ou melhor, como transformar um conceito abstrato em algo tangível. Iremos ver agora que a garantia do sucesso dessa ideia; a transformação em negócio, depende de outros fatores, Vamos então entender que fatores são esses.

A Questão do Negócio

Podemos dizer que um produto ou serviço é como um ser humano: cresce, amadurece e morre. Contudo, em virtude dos avanços científicos, cada vez mais a longevidade do ser humano cresce. Em contrapartida, esse mesmo avanço tecnológico tende a diminuir a vida útil de um produto ou serviço no mercado.
Esse dinamismo obriga cada vez mais as empresas a admitirem constantes renovações nos seus produtos e serviços. Assim sendo, a sobrevivência do seu negócio passa por transformar essa ideia em um sucesso comercial, mas sem esquecer que o clima competitivo do mundo atual é de mudança: "mudar é inevitável; crescer é que é opcional".

Voltemos à sua ideia - agora tangível e vejamos o que alguns alguns autores salientam sobre a possibilidade de sucesso:

  • Em uma pesquisa realizada em cinco empresas no final da década de 60, verificou-se que, de 58 ideias originais, apenas duas chegaram a ser lançadas, e dessas duas, somente uma obteve sucesso. Cabe salientar que estamos tratando de empresas já estabelecidas (Booz Allen & Hamilton - 1968).
  • Outro dado a ser considerado é apresentado por Weiss (1965) que destaca o seguinte: cerca de 80% dos novos produtos e serviços lançados serão, na verdade. modificações de produtos e serviços existentes, aproveitando as estruturas já estabelecidas nas empresas.

Verifica-se que lançar uma ideia nova, por mais brilhante que seja, é arriscado. Isso acaba levando as empresas a minimizarem o risco, modificando produtos e serviços já existentes (projeto por evolução). Iremos enfatizar como você pode minimizar esse risco, levando-se em consideração algumas análises preliminares. Vamos, porém, primeiramente, identificar em que estágio se encontra sua ideia. Segundo Spitz (Apud Mello - 1988), podem-se classificar as inovações em três grandes grupos, a saber:

  • Grupo 1: Inovações Contínuas
  • Grupo 2: Inovações Dinamicamente Contínuas
  • Grupo 3: Inovações Descontínuas

Grupo 1 - Inovações Contínuas


As inovações contínuas são aquelas que apresentam pequenas modificações na forma em que o consumidor está acostumado a ver o produto ou serviço. 
Exemplo: novos modelos de automóveis, lançados anualmente. Estes são normalmente desenvolvidos pelos chamados projetos por evolução.

Grupo 2 - Inovações Dinamicamente Contínuas

As inovações dinamicamente contínuas já provocam modificações na forma em que o consumidor se relaciona com o produto ou serviço. Essas modificações nos produtos ou serviços podem nos levar a concepções inovadoras ou até mesmo produtos novos, como, por exemplo, a faca elétrica.

Grupo 3 - Inovações Descontínuas

As inovações descontínuas provocam hábitos novos, alteram a percepção do consumidor. É o caso, por exemplo, do computador pessoal. 
Cabe salientar que, nesses dois últimos grupos o que diferencia é o grau de novidade incorporado à nova ideia desenvolvida pelos projetos por inovação. Agora, você já tem condições de verificar onde se encontra seu produto ou serviço e, lembre-se de que quanto mais perto estiver do grupo 3, maiores serão seus riscos; contudo, não esqueça que o consumidor se relaciona com o produto ou serviço.

Thomas Edison conhecia 1.800 maneiras de como não se construir uma lâmpada.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------Thomas Watson, fundador da IBM, dizia: “O caminho para o sucesso é dobrar a taxa de erros”.

A Questão Estratégica do Negócio

O sucesso da sua ideia irá depender, em muito, da estratégia que você tomará quando da comercialização, ou melhor, de como você encarará a concorrência atual ou futura.
Você deve sempre ter em mente que o sucesso - a ideia convertida em produto ou serviço - depende do segmento no qual você pretende abrir seu negócio e, naturalmente, do entendimento deste.
Cabe aqui mais um lembrete: quanto mais inovador for seu produto, maiores as possibilidades de vender a ideia. A venda da ideia ocorrerá inicialmente com o registro da patente dessa ideia.
Partindo do princípio que você criará seu negócio, a primeira coisa que deverá ser levada em conta é a definição da estratégia competitiva. A questão estratégica é complexa, mas é possível abordá-la resumidamente.
Na visão do mais conceituado autor neste tema, Michael Porter, a escolha de uma estratégia competitiva depende da atratividade dos segmentos em termos de rentabilidade a longo prazo, ou seja, nem todos os segmentos possuem potencialidades de ganhos. Por exemplo: a indústria de computadores, nas décadas passadas, possuía uma atratividade muito maior do que nos dias atuais.  


     

domingo, 29 de novembro de 2015

Planejamento do Negócio - O Produto e o Processo





Apresentar os principais conceitos de necessidades, produtos, tipos de projeto de produto e sua relação de produto e sua relação com o sucesso empresarial

Desde os primórdios, o homem sempre precisou de objetos considerados indispensáveis para sua sobrevivência. Inicialmente, esses objetos criados pelo homem foram concebidos visando suprir algumas limitações ou deficiências do corpo humano no desempenho de certas atividades. A enxada, por exemplo, amplia a capacidade da mão do homem para cavar a terra. Portanto, todos produtos existentes foram criados com o propósito de satisfazer uma necessidade específica.
Sabemos também que o que caracteriza uma necessidade no mundo dos negócios é a sua demanda e o poder de compra de seus integrantes.
Tomemos como exemplo a tecnologia dos raios lazer: ela é hoje utilizada nos mais variados tipos de produtos: aparelhos de som CDs, discos óticos empregados nos computadores, medidores de distância e prumo de construção civil, instrumentos cirúrgicos, sistemas de navegação aérea, corte de chapas finas, telecomunicações, sofisticados sistemas de teleguiagem de mísseis...
Mas não foi sempre assim. Desenvolvida nos anos 60. a tecnologia do laser ficou "engavetada" por quase 20 anos até que houvesse uma demanda para ela.
Esse exemplo ilustra bem a atenção que deve ser dada à determinação do mercado e suas características.
Casos como este mostram claramente a importância de se entender uma ideia, transformá-la em um conceito de produto e conhecer seu mercado.
Todo empreendedor deve avaliar profundamente um produto antes de oferecê-lo. Nem sempre uma boa ideia pode se transformar em um bom negócio se não forem tomados alguns cuidados adiante.
O empreendedor deve saber que o objetivo da empresa não é só produzir e fornecer o produto ou serviço. É também satisfazer a necessidade à que eles se propõem atender. Veja a relação que existe entre um automóvel, o transporte de pessoas, o lazer, o status etc.
Isso será muito importante para a manutenção futura do negócio. De certa forma, é mais fácil para um concorrente lançar um produto semelhante no mercado. Porém, torna-se difícil que ele possa copiar o serviço que acompanha o produto. Por isso, o serviço associado ao produto representa um fator de vantagem competitiva que deve ser considerado no planejamento do produto, do serviço e do negócio.

Grau de Inovação dos Produtos ou Serviços

Para completar o estudo sobre os tipos de produtos e serviços, resta ainda definir o grau de inovação que eles apresentam, tanto para a empresa como para o mercado.

A figura, abaixo, mostra as diferentes possibilidades incluídas neste aspecto.



Produto / Serviço

Novo
Conhecido
Empresa
1
2
Mercado
3
4
      

Observando-se a figura, podemos distinguir quatro situações:

1-3 O produto ou serviço é novo para a empresa e para o mercado
1-4 O produto ou serviço é novo para a empresa, mas conhecido do mercado
2-3 O produto ou serviço é conhecido pela empresa, mas novo para o mercado
2-4 O produto ou serviço é conhecido pela empresa e pelo mercado


Cada uma dessa situações apresenta riscos e oportunidades para a empresa e deverá ser analisada profundamente.
Assim para que a empresa consiga lançar um produto ou serviço novo no mercado, grande esforço e investimento devem ser despendidos nas fases do projeto e desenvolvimento do novo produto ou serviço.
Existem duas possibilidades no desenvolvimento de produtos e serviços:

Projetos por Evolução: caracterizados pela incorporação de melhorias no modelo já existente, apresenta menor possibilidade de competição no mercado.

Projeto por Inovação: baseado em ideias anteriormente não experimentadas, tecnologias desconhecidas e por vezes complexas, apresenta maiores riscos, mas não possui concorrentes no mercado, por exemplo: aparelhos de videodisco.

Como decorrência dessas características, o empreendedor poderá optar por dois tipos de estratégias para o lançamento de novos produtos e serviços:

Estratégia Pró-ativa: quando o empreendedor busca se antecipar à concorrência, lançando um produto ou serviço totalmente inédito, garantindo sua liderança no mercado.

Estratégia Reativa: quando o empreendedor espera que um novo produto ou serviço seja lançado no mercado pelos concorrentes e supere a fase do risco de aceitação para, então, lançar produtos ou serviços similares.

Ambas as estratégias apresentam vantagens e desvantagens, que se encontram resumidas no quadro:


Embora pareça ser mais confortável optar pela segurança e não pela ousadia, a postura reativa é que sufoca a atitude pró-ativa. Apesar dos riscos envolvidos, os grandes negócios sobrevivem por meio de atitudes pró-ativas.

Conclusões 

O desconhecimento ou despreparo dos novos empreendedores em relação aos conceitos vistos anteriormente, o pensamento de que estes representam perda de tempo, despesa desnecessária ou sofisticação, podem ser a causa da morte prematura de várias empresas.
Por outro lado, o conhecimento dos conceitos não assegura, por si só, o bom desempenho de qualquer pequena empresa.
Eles funcionam como instrumentos indispensáveis no momento de definir metas e objetivos, identificar os públicos-alvo, canais de distribuição, tecnologia de fabricação, evitando o amadorismo. Representam, de certa forma, um profissionalismo comum de ser encontrado nas grandes corporações.


     

sábado, 28 de novembro de 2015

O Marketing Mix - 4ª Parte



4. Promoção


Conforme o nome está dizendo, promoção significa promover o produto para que haja um aumento nas vendas, tornando-o conhecido do público em geral ou daquele segmento que a empresa interessa atingir. A promoção pode ser composta pelos seguintes elementos:


  • Propaganda
  • Promoção de vendas
  • Merchandising
Propaganda - Todos nós sabemos o que é propaganda, que pode ser feita desde o tradicional boca a boca até a mídia televisiva, sempre com o objetivo de induzir o mercado a consumir o nosso produto. A propaganda deve ter o cuidado de ser direcionada para o nosso público-alvo. Veicular uma propaganda para o público errado é perda de tempo e dinheiro.
Em geral,a propaganda é realizada para se vender mais ou para firmar a imagem de um produto ou serviço que já existe ou que será lançado no mercado. É uma arma que o empresário lança mão toda vez que quer se diferenciar da concorrência. Se suas vendas estão baixas e você quer deixar bem claro que o seu produto é o melhor; use a propaganda. É a forma racional de tornar seu produto conhecido e diferenciado. Em suma, é aumento de vendas, desde que a propaganda seja bem feita, direcionada para o público certo e com uso do correto veículo de comunicação para o público a que se destina.
De nada adianta uma empresa gastar uma pequena fortuna em propaganda, se o recado não for bem dado, com o veículo de comunicação adequado e para o público certo. Exagerando, fazer propaganda com o objetivo de vender carne bovina para o povo indiano, seguramente não é uma boa ideia. Da mesma forma, fazer propaganda escrita para uma população analfabeta também não é um bom negócio. No primeiro caso, estaríamos atingindo o público-alvo errado, pois a carne bovina na Índia é sagrada. Mensagem escrita para analfabeto é usar o veículo de comunicação errado. Uma mensagem dada através de imagem teria um retorno maior.


Promoção de Vendas - A promoção de vendas, que pode ser associada à propaganda, tem como objetivo aumentar a venda de um produto ou serviço. Pensando bem, no fundo os objetivos da promoção são os mesmos da propaganda. Em geral, a promoção de vendas é uma ação mais rápida que não deve durar muito tempo. Seus efeitos para conseguir capital de giro são, em geral, muito bons. Capital de giro pode ser definido como os recursos financeiros necessários para a empresa poder movimentar-se no seu dia-a-dia.

Embora seja óbvio que o objetivo da promoção de vendas seja vender mais, ela serve, entre outros motivos, para:
  • Motivar a equipe de vendas
  • Ganhar a fidelidade da clientela
  • Aprofundar o relacionamento com os intermediários distribuidores
Como os vendedores ganham por comissão, quanto mais vendem, maior será a renda que eles irão receber, a promoção de vendas acaba por motivá-los a extrapolarem seus resultados.É que, em geral, toda a promoção de vendas recebe um tratamento especial por parte da empresa. Todos acabam motivados para transpor os limites de venda anteriormente atingidos.
Imagine uma empresa do setor alimentício que vende seus produtos para o distribuidor, que é o responsável pela venda aos supermercados e estes para o cliente final.O diagrama abaixo ajuda a perceber o caminho traçado pelo produto até atingir o consumidor final:




  
Assim, notamos que o produto gera relacionamento entre a fábrica e o intermediário e deste com o supermercado que, por sua vez, procura prestar o melhor serviço à sua clientela. Uma promoção de vendas bem feita tem de atingir todo esse fluxo de relacionamento, fazendo com que todos fiquem satisfeitos nesse processo. Dessa forma, cabe à fábrica passar ao distribuidor que seu objetivo não é só vender mais, mas é também melhorar o desempenho de todos, motivando o distribuidor a zelar para que o produto se torne cada vez mais conhecido e vendido, Incorporando essa responsabilidade, cabe ao distribuidor interagir com o responsável pelas compras no supermercado para promover realmente a venda. E como se faz a promoção de vendas? É simples.
Em geral, a promoção de vendas significa preço mais baixo, o que, por si só, não garante o sucesso da operação. É preciso muito mais do que isso. E aí é que entra o esforço unido do distribuidor e comprador do supermercado. É necessário dar destaque à promoção. Em geral, cada um faz a sua parte.
Se quiser atingir um público maior, a empresa produtora poderá usar a mídia à sua disposição. Mas esta solução, em geral, está restrita às grandes empresas, pelo custo que representa. As pequenas empresas podem utilizar-se do próprio local onde as vendas serão efetuadas. No caso, o próprio supermercado.
Ao distribuidor, caberá, junto com o próprio fabricante, arranjar o melhor local no supermercado para expor o produto. O objetivo é dar maior destaque ao esforço promocional de vendas e chamar a atenção da clientela.
Chamar a atenção também é fundamental. Há várias formas de se chamar a atenção, quase todas conhecidas nossas, não é verdade? Tenha sempre em mente que a criatividade é fundamental em negócios. Você pode vender o mesmo produto que o seu concorrente. Mas, se vender de modo diferente, com criatividade, provavelmente vai chamar muito mais atenção do público consumidor para o seu produto.
Não se trata de pendurar a melancia no pescoço para chamar a atenção. Mas se isso significar mais venda, qual é o problema? Se você vender canetas, experimente colocar algumas moças bem vestidas, com luvas, atrás de um balcão móvel dentro de um shopping center, em uma região de fluxo de riqueza. Enfim, há várias formas de se criar e promover vendas. Fornecemos, abaixo, alguns instrumentos usados para promover vendas: 


Amostra - é um instrumento bastante eficaz e caro de introduzir um produto novo no mercado. Pode ser amostra grátis, ou miniatura de produto. Deve ser considerado como uma forma de investimento. É quando a empresa planta para colher mais tarde.


Brinde - não é preciso definir o que é brinde. Afinal, o próprio nome já está dizendo. Em geral, assume a forma de chaveiros, camisetas, canetas etc., sempre com o nome da empresa para que o cliente se lembre da mesma na próxima compra.

Concursos - são carros, prêmios em dinheiro, viagens etc., que são oferecidos ao público consumidor. Em nosso país, esse tipo de promoção está condicionado à autorização do Ministério da Fazenda. Portanto, se algum dia você pensar em fazer uma promoção de vendas baseada em concurso, não se esqueça de passar antes de passar na Secretaria da Fazenda para saber os prazos de demora até receber o OK. Não costuma ser algo que se consiga do dia para a noite. Leva tempo.

Demonstração - em geral, é uma forma encontrada pelas empresas para pegar o consumidor pelo estômago, pelo olfato, ou pela curiosidade mesmo. É muito comum nos supermercados e shoppings. É o caso da degustação de alimentos e bebidas. Quem de nós não provou um pedaço de pizza no supermercado, ou não se borrifou de perfume no shopping? Isso é demonstração e, assim como no caso da amostra e do brinde, custa caro.

Liquidação - em geral acontece muito no segmento de roupas no findar de uma estação. Pode acontecer, também, no caso de venda do negócio (liquidação para entrega das chaves). É uma tentativa de se queimar o estoque que sobrou, vendendo a qualquer preço como forma de reduzir o prejuízo com o final da estação ou o final do negócio.

Cupom - representa uma novidade no Brasil e merece destaque pelo potencial como promoção. Na terra do consumo, os Estados Unidos, o cupom é muito utilizado, podendo ser enviado pelo correio, incluído no produto ou veiculado em anúncios. Cada cupom dá desconto na compra do produto.

Hoje, a agressividade de algumas marcas é tão grande que você já encontra esse sistema nas próprias prateleiras dos supermercados. No Brasil,a estabilização econômica exerce um forte atrativo para que esse sistema de promoção de vendas seja utilizado pelas empresas. 
Hoje, já existem algumas máquinas de emissão instantânea, lançam os cupons a cada cinco segundos, colaborando para a divulgação do sistema. A adoção do cupom parece ser algo que tem tudo para se expandir a ritmo crescente. Afinal, há uma interação direta do consumidor com a sua marca preferida no próprio ponto-de-venda. Os compradores por impulso serão os principais alvos dessa forma de promoção de vendas.
É interessante notar que esse é um bom negócio para todos. A empresa que dá o desconto tem suas vendas multiplicadas. O supermercado é reembolsado pela empresa que presta o serviço de operacionalizar o desconto no ponto-de-venda. A empresa operadora cobra pelos seus serviços às empresas que oferecem o desconto. E, finalmente, o consumidor compra um produto mais barato. É claro que a empresa que concede o desconto tem de ter uma margem de lucro suficientemente remuneradora para permitir o reembolso do supermercado e o produto mais barato para o consumidor. Afinal, esse é o preço que ela paga para ter seu produto mais divulgado e, portanto, mais vendido.
Ainda assim, o cupom de desconto parece ser um tendência inevitável em face da estabilização da moeda e dos altos custos de mídia. Tinha segundos no horário nobre da TV podem custar R$ 90.000,00 e, o que é mais importante, talvez no momento em que o consumidor vá até o supermercado, já tenha se esquecido da mensagem da empresa anunciante. No caso do cupom, isto não acontece. É que o consumidor é atingido pela mensagem  de desconto no próprio local onde ele está realizando sua compra. É por isso que se diz que os compradores por impulso são presas fáceis para o cupom de desconto.

Merchandising - quanto ao merchandising, incorpora um sem número de interpretações. Marcos Cobras afirma que merchandising compreende um conjunto de operações táticas efetuadas no ponto-de-venda para se colocar no mercado o produto ou serviço certo, na quantidade certa, no preço certo, no tempo certo, com o impacto visual adequado e na exposição correta.

Em nosso país, talvez a maior mensagem do que seja merchandising encontra-se no espaço que as novelas de televisão dedicam às marcas mais conhecidas. Quem é que nunca observou qual é a marca da cerveja que está sendo bebida pelo ator ou atriz? Da mesma forma, os clubes de futebol estão aumentando suas receitas, possibilitando ao patrocinador espaço na camisa dos jogadores para suas marcas.
É preciso que fique claro que, de tudo isso que se falou aqui em termos de marketing, nada funcionará a nosso favor se não contarmos com uma boa equipe de vendas. Seja através do intermediário, seja através de venda direta, a força de vendas é fundamental para o sucesso de qualquer negócio.       





sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Marketing Mix - 3ª Parte



3. Preço

O preço é considerado hoje como uma das variáveis que compõem o binômio do sucesso de qualquer empresa. A outra variável é a qualidade. Preço baixo e alta qualidade são um passo para uma boa política de marketing.
Ao se procurar colocar o preço em uma mercadoria, há que se levar em consideração um sistema de apuração dos custos. Em português, claro, quem vende quer ter lucro, e este nada mais é do que um acréscimo nos custos.
Portanto, conhecer os custos associados a um produto ou serviço é fundamental para se chegar ao preço final. É bom considerar os seguintes aspectos quando estiver estudando o melhor preço para o seu produto ou serviço:

1. Vender sempre com lucro
2. Ficar de olho no preço da concorrência
3. Ser rigoroso no calculo de seus custos

Portanto não se esqueça: calcule os seus custos com rigor e determine uma margem de lucro que não coloque seu preço final muito distante daquele praticado pela concorrência. Ou, se preferir, calcule um preço mais alto para justamente tentar vender para uma classe de consumidores com maior poder aquisitivo. A escolha é sua, mas deve ser muito bem estudada antes de ser adotada. Novamente, uma boa pesquisa de mercado pode ajudar bastante.
Finalmente, cabe lembrar: quando quiser chamar a atenção, pratique preços promocionais. Você vai se surpreender com a resposta da clientela e, seguramente, ganhar mais clientes. A política de preços promocionais não deve ser estendida por um período muito longo, pois corre o risco de os clientes questionarem por que a sua empresa não mantém aquele preço durante todo o tempo, uma vez que a promoção já está sendo veiculada há tanto tempo. Mas, isso já é assunto para o nosso próximo composto mercadológico.



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O Marketing Mix - 2ª Parte



2. Ponto

O ponto pode ser entendido como o modo de distribuição que será adotado por uma empresa para que seu produto alcance o seu alvo, ou seja, o cliente. A partir do momento, em que o produto está pronto, começa o grande problema de fazer com que ele seja comprado. Repare que, muitas vezes, não é o fabricante que leva o produto até o consumidor final. Nesses casos, há uma série de intermediários que se encarregam de colocar o produto no mercado.
A distribuição pode ser direta ou indireta. Cada um desses sistemas possui pontos favoráveis e desfavoráveis.

Distribuição Direta - Em geral, o consumidor prefere comprar o produto direto de fábrica, porque associa esse fato a preço mais baixo. Quantas vezes você já viu uma loja oferecendo produtos "a preço de fábrica"? Com isso, o proprietário quer dizer que não há intermediários. Portanto, o preço será mais barato. 
As seguintes vantagens podem ser destacadas quando a venda é realizada via distribuição direta:

  • A interação com o cliente é rápida.
  • A manutenção do cliente é mais fácil.
  • O planejamento de marketing é mais fácil.

Em resumo, como a venda é direta, fica bem mais fácil saber as reações do mercado, uma vez que a própria empresa está interagindo com a clientela. 
Quanto às desvantagens, podemos destacar as seguintes:

  • Desvio da função principal de produção
  • Custo operacional elevado

A principal desvantagem da distribuição direta é que a empresa gasta energia naquilo que não é sua função básica: "cada macaco no seu galho", ou seja, a fábrica produz e o distribuidor distribuir. Imagine o custo de manter uma frota de carros para distribuir um certo produto. É mais lógico contratar distribuidores que possuem a frota e se encarregam de distribuir o produto, fazendo-o chegar até o consumidor final.

Distribuição Indireta - Ela existe por causa do crescimento do mercado. Atingir uma grande massa de consumidores é tarefa para um distribuidor, a fim de que o custo do produto final não seja onerado. A empresa distribuidora assume o desgaste de percorrer os pontos-de-venda e negociar com os comparadores.   
As principais vantagens de possuir uma distribuição indireta são as seguintes:

  • Alcança um maior número de clientes
  • Reduz o custo de comercialização

É evidente que um distribuidor pode atingir um universo maior que a fábrica. Afinal, este é o primeiro papel do distribuidor. Para a fábrica, contar com um distribuidor significa não possuir uma estrutura de vendas pesada, isto é, o número de pessoas que se ocupará das vendas será bem menor do que seria se a distribuição fosse executada diretamente pela fábrica.
Se você pensar que não se concebe uma pequena empresa tendo um distribuidor para seus produtos, você estará redondamente enganado. Uma pequena empresa do setor alimentício capitaliza melhor suas vendas, se usar um distribuidor.
Os custos operacionais de manter na pequena empresa um setor de distribuição são caros. Você pode pensar que custa somente a manutenção de um carro, já que o motorista pode ser o próprio dono. É verdade. Só que isso apenas irá funcionar por um determinado tempo. À medida que o seu negócio for crescendo, outras demandas surgirão. Ter um distribuidor significa menos custo financeiro, mas significa, principalmente, ter um maior tempo para se dedicar aquilo que é o seu negócio principal: a fabricação e a venda do produto. A distribuição fica para quem tem nesse fluxo o seu negócio.
Quanto às desvantagens, podemos enumerar as seguintes:


  • Aumento de preço do produto, pois o intermediário coloca sua margem sobre o mesmo
  • Distanciamento do cliente

Quanto mais intermediários houver, maior será o preço final do produto. Além disso, a empresa perde muito com a falta de interação direta com o cliente. Já falamos aqui da necessidade que qualquer empresa possui hoje em detectar os anseios da clientela como forma de mantê-lo fiel. Perder contato direto com o cliente pode dificultar os planos de venda.

   

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O Marketing Mix - 1ª Parte



Dotar de conhecimentos de marketing que serão úteis na elaboração do plano de negócios


Para que se entenda um pouco mais a função do marketing, é bom ressaltar os quatro aspectos que lhe determinam uma boa política. São eles:


1. Produto
2. Ponto
3. Preço
4. Promoção

1. Produto

O produto é importantíssimo dentro do contexto do marketing-mix ou, como também é conhecida esta expressão, o composto mercadológico. O planejamento de um produto que atenda exatamente o que a demanda está esperando é fundamental. Saber exatamente qual é a embalagem que irá agradar aos consumidores, que cor, marca etc., tudo isso se incorpora ao produto. O produto incorpora também o serviço que é realizado pela empresa, para maximizar suas vendas.
Algumas tarefas ligadas ao marketing precedem o lançamento do produto e são fundamentais para o sucesso no mercado. Por isto, é imprescindível que o lançamento de qualquer produto seja precedido de uma boa pesquisa que procure identificar os seguintes pontos: 

  • Haverá demanda para o produto?

Quando você pensar em iniciar qualquer negócio, lembre-se de que não é a sua ideia que vai seu produto vender, mas sim o que o mercado pensa sobre este novo produto ou serviço que será oferecido.

  • Qual é o formato ideal do produto ou de que forma o serviço será executado?

Experimente vender um produto diferente do formato físico que o consumidor está acostumado. A venda de pizza em fatias triangulares, por exemplo, é comum em qualquer lanchonete tipo fast-food no mundo inteiro. Tente vender pedações de pizza totalmente disformes. Provavelmente, a reação do consumidor será de espanto e repulsa. Haverá sempre os que acharão uma novidade interessante, porém, a maioria vai se manter fiel ao formato tradicional.
Vá a um supermercado que ofereça um serviço de empacotamento de seu produto no momento de passar pelo caixa, sem cobrar nada por isso e vá a outro que cobre por esse mesmo serviço. Se o supermercado que cobra pelo serviço estiver sendo inaugurado, provavelmente a demanda irá se concentrar no primeiro, aquele que faz o serviço sem cobrar, considerando-se não haver mudança em termos dos demais produtos e serviços oferecidos (os dois supermercados oferecem os mesmos produtos com pouca diferença de preços).

  • Que tipo de embalagem será usada?

Está comprovado que a embalagem atrai ou afasta. Um produto que possui uma embalagem atraente, cores interessantes, enfim, um design de grande apelo ao consumidor, tende a vender mais do que aquele cuja embalagem é tímida e de pouco impacto para o público. Quer ver um exemplo? O leite que é vendido em caixinha tende a vender mais do que aquele que e oferecido em sacos plásticos. A caixinha passa uma ideia de limpeza, assepsia, garantia de que não há contaminação. É evidente que tudo irá depender do preço. Entre duas embalagens, em que traduza, os anseios de um público consumidor e outra exatamente o contrário, fique com a primeira, ainda que seu custo seja um pouco mais caro. Venda o que o seu público deseja.

  • Que cor usar para caracterizar um produto ou serviço?

A cor é fundamental na aceitação de um produto ou serviço por parte do mercado. Veja um exemplo: cores agressivas, em geral, são usadas por marcas que oferecem ao público produtos cuja compra é feita por impulso. O caso mais evidente refere-se à rede de lanchonetes de algumas marcas famosas. Foi constatado que o vermelho e o amarelo são cores que atraem a atenção do consumidor. Usar essas cores atrai mais a atenção do público. São cores consideradas agressivas.

  • Sabor e aroma

Cheirinho de pão quente ninguém resiste, não é mesmo? Se o pão tiver um gostinho apurado, melhor ainda. Passe por uma loja que venda alimentos e sinta o aroma do produto que está no forno. Se o momento em que você estiver passando, coincidir com a mensagem que seu estômago estiver dando (de fome), será difícil resistir. Estar atento a esses detalhes é muito importante para o sucesso de seu negócio, principalmente se for na área alimentícia ou perfumes, por exemplo. Percebeu a sutileza?

  • Marca

A marca pode ser definida como sendo um nome, um desenho, ou ambos. Nesse caso, diz-se que a marca é mista. A marca deve ser criativa e, ao mesmo tempo, fácil de ser memorizada pelo público consumidor. Na hora de criar a sua marca, não se esqueça de consultar o INPI, Instituto de Propriedade Industrial, para verificar se já não há outra empresa com a mesma marca que a que você está pensando iniciar seu negócio. Caso já exista, crie outra marca e proceda ao mesmo tipo de pesquisa. É que a legislação protege as empresas e não permite que se utilizem as marcas que já estão registradas no INPI.

  • Serviços Prestados

Seja qual for o seu negócio, não esqueça que prestar serviços ao cliente é fundamental para que ele se mantenha fiel ao seu produto. Deixe o seu cliente mais do que satisfeito, maravilhado, de boca aberta com o seu serviço. Dentre os tipos de serviço que você pode oferecer, destacamos:

  • Entrega Domiciliar
  • Facilidades de Crédito 
  • Manutenção
  • Reposição de Peças
  • Assistência Técnica
  • Garantia

Quando montar seu negócio, pense nesses tipos de serviços que podem e devem ser oferecidos sempre na busca de cativar o cliente e mantê-lo fiel ao seu produto. 
Afinal, quem é que não gostaria de ter seu carro lavado em um posto de gasolina e entregue em casa? Ou fazer compras em um supermercado pela Internet e receber em casa suas compras? Já pensou na economia de tempo que esse tipo de serviço proporciona para o consumidor?
Quanto aos outros tipos de serviço, vendas a crédito podem ser um boa opção, desde que você tenha certeza de que vai receber pagamento. É mais uma facilidade oferecida ao cliente e que pode significar aumento de vendas.
Manutenção, reposição de peças, assistência técnica e garantia são serviços em geral ligados à aquisição de produtos do tipo eletrodomésticos ou produtos que envolvam trabalho mecânico. Oferecer esse tipo de serviço para o cliente é mantê-lo tranquilo quanto a qualquer tipo de problema dessa ordem.
  



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Fatores que Influenciam o Marketing



Se você entendeu o que é marketing, certamente concordará que o cliente é a razão de tudo: da existência da empresa e, por consequência, da fonte de renda de várias famílias que dependem desta empresa, seja ela, microempresa, pequena, média ou grande.
Uma vez que o cliente é a razão de tudo, a ele deve ser dedicada toda e a máxima atenção. Em uma empresa, por exemplo, não é apenas o proprietário que deve estar antenado aos desejos do cliente. O empregado também. Aos responsáveis pela distribuição dos produtos ou serviços, deve ser imputada a incumbência maior de absorver os recados dados pelo cliente em relação ao produto ou serviço que colocamos no mercado.

Ouvir o cliente - Os recados do mercado devem ser digeridos e passados para todos que, de uma forma ou de outra, participam do processo.
Assim, interagir com a clientela pressupõe uma reformulação de ações dentro da empresa. Isso, muitas vezes, não agrada aos que já se acostumaram com uma determinada rotina de operação. Mudar o que já se domina e se tem como certo, muitas vezes, incomoda os que se intitulam os donos da verdade.
Portanto, escutar o cliente quer dizer ter a mente sempre aberta às novidades. Na hora de selecionar seu pessoal, procure escolher aqueles que possuem uma mente mais aberta e que são capazes de mudar de orientação sem problema. 
Como o cliente é a razão de tudo, os próprios donos negócio devem possuir esta orientação e espalhá-la para todos os níveis da empresa.

A importância do distribuidor (do produto) - Entre a empresa que produz e o mercado que absorve o produto, existe um espaço muito grande, que deve ser preenchido pelo responsável pelas vendas. Essa pessoa pode ser alguém da própria empresa ou (o que se tem verificado ultimamente) o intermediário ou distribuidor; como é mais conhecido.
O distribuidor tem representado para a empresa produtora a possibilidade de se manter especializada no seu produto. A empresa produz e o distribuidor faz o produto chegar às mãos do cliente. Desta forma, a empresa se ocupa daquilo que sabe fazer: produzir. E o distribuidor faz o que sabe: fazer o produto circular por diferentes mercados. Escolher bem o seu distribuidor é fundamental para o sucesso de seu negócio.
O responsável pelas vendas ou atendimento deve sempre estar atento para saber decifrar as mensagens do mercado. A empresa produtora, por sua vez, deve estar ligada nessas mensagens. Elas podem ser obtidas via pesquisa de mercado e são um excelente referencial para se saber se o seu produto ou serviço está sendo bem-aceito pelo mercado.

Fatores externos e internos - A atuação de uma empresa está diretamente ligada a fatores internos e externos. É deve maior das empresas estarem cientes dos fatores que podem influenciar positivamente ou negativamente a concorrência. Os fatores internos são controláveis pela empresa e serão abordados em nosso próximo capítulo. Quanto aos fatores externos, apenas podemos identificá-los e tentar direcionar a atuação de nossa empresa para conviver da melhor maneira com eles. 

Os seguintes fatores externos influenciam nosso planejamento de marketing:

Ambiente político e legal - Estabilidade política e legislação são fatores que influenciam a política de marketing de uma empresa. Neste particular, o governo entra como figura principal ao decidir, de acordo com seu interesse (que deve ser o interesse da nação). as políticas econômicas a que todos estão sujeitos. Ultimamente, o governo do Brasil tem sido pródigo em políticas econômicas que têm influenciado nosso dia-a-dia, como, por exemplo:

  • Alterações nas alíquotas de importação de carros;
  • Instituição de impostos como o CPMF;
  • Congelamento de preços;
  • Elevação de alíquotas de Imposto de Renda;
  • Benefício fiscal às empresas exportadoras etc.

Tecnologia - Na virada do século, já deu para perceber o que a tecnologia vai representar em termos de concorrência. A atenção para com este fator terá de ser cada vez maior sob pena de a empresa que não acompanhar esta evolução sair do mercado. O advento da informática e seu desenvolvimento, neste final de século, talvez tenha sido o mais importante avanço tecnológico da humanidade neste período e o que mais irá influenciar as relações de mercado no século XXI.

Reação dos consumidores - É um fator difícil de se prever. O consumidor é influenciado por vários aspectos e não somente por aqueles motivos apontados na análise econômica tradicional. Algumas variáveis de ordem psicológica e social influenciam as reações dos consumidores.

Meio ambiente - A poluição do ar, da água, a contaminação de produtos agrícolas com agrotóxicos, a ingestão de produtos químicos pelos animais, o custo de energia que cresce sempre, enfim, todos os aspectos relacionados com a preservação da natureza serão, inevitavelmente, uma fonte de preocupação cada vez maior de todas as empresas. É o que o consumidor estará cada vez mais informado e preocupado com todos esses aspectos. Afinal, trata-se de preservar o mundo que será legado às futuras gerações.

Influencias Culturais - Com a integração dos mercados pela globalização, as influências culturais tendem a se alastrar. As influências sociais serão a dos dominadores sobre os dominados, aliás, como sempre ocorre quando, de uma forma ou de outra, há integração de culturas. Sempre existirá a preservação de culturas. Porém, as influências culturais das sociedades afluentes, das mais poderosas economicamente, sempre acabam por determinar comportamentos.
A questão cultural realmente desempenhará um papel fundamental na questão do planejamento de marketing. Cultura é difícil de ser definida, mas fácil de ser entendida. "Cultura pode ser definida como sendo um complexo de símbolos dispositivos criados pelo homem e transferidos em geração como fatores determinantes do comportamento humano em uma determinada sociedade. Os símbolos podem ser abstratos (atitudes, ideias, crenças, valores, linguagem, língua ou religião) ou concretos (ferramentas, habitação, produtos, obras de arte)".
Ultimamente, algumas mudanças comportamentais estão se revelando como grandes influenciadoras de cultura. Dentre estas, podemos destacar as seguintes:

  • Revolução Feminina
A mulher, há muito, deixou de ser coadjuvante e passou a ocupar os mesmos espaços do homem na sociedade. Aquela figura passiva, tipo Amélia, aquela que era considerada mulher de verdade, não existe mais. A mulher tem uma participação crescente no mercado de trabalho (coisa que não ocorria anteriormente), disputando com o homem, de igual para igual.

  • A Questão Tempo
O tempo é hoje um fator fundamental para a espécie humana.Queremos mais tempo para lazer, porque trabalhamos mais. É fundamental que percebamos esta questão do tempo no planejamento de nossos negócios. A informática permite que trabalhemos em casa. Uma série de serviços pode hoje ser executada em nossa própria residência. O que representará isso para o comércio? Uma questão que teremos que aprender é como lidar com essa nova classe de consumidores. É importante destacar de, em virtude do fator tempo, algumas reflexões quanto ao marketing devem ser observadas (a forma e o tamanho dos produtos, o tipo de embalagem, as facilidades de compra etc.).


  • Influências Sociais
O comportamento do consumidor é fortemente influenciado pela classe social a que pertencer. É a família, são os amigos e todas as pessoas que compõem o círculo de vida de um consumidor que acabam por influenciar suas escolhas.
Estar ciente dessas influências e direcionar suas vendas para o consumidor, usando a mídia, é uma obrigação das empresas,
É evidente que é muito difícil esgotar todos os fatores que influenciam o marketing. Saber alguns, como fizemos, já é um  bom começo. O mercado é um eterno aprendizado e somente nossa interação com ele, através de nossa experiência e perspicácia, é que nos permitirá conhecê-lo um pouco mais.


  
          

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Conceito de Marketing




Conscientizar a importância do marketing para não ser surpreendido pela concorrência, mas sim se situar à frente dela.

Essas "regras" estão afixadas nos murais de uma grande rede de lojas de departamento do Brasil e espelham a orientação mercadológica dessa instituição. Mas, o que vem a ser a orientação mercadológica? Para continuar nossa explanação, é necessário entrarmos no desenvolvimento histórico do mercado, para conceituar, então, o que vem a ser marketing.

Mas afinal, o que é marketing?

Definições há inúmeras. Mas o importante não é decorar definições; é sentir, entender o que está por trás desta palavra de origem inglesa. Market, simplesmente, que dizer mercado. A inclusão das letras ing em inglês significa ação. Por aí, você já viu a dificuldade de se traduzir adequadamente essa palavra para a língua portuguesa.
Uma das palavras mais utilizadas como correspondente de marketing em português é mercadologia. A crítica que se faz é a de que mercadologia não exprime com exatidão o que vem a ser marketing. A definição básica, da qual derivaram todas as outras, é a que afirma ser o marketing "a execução de atividades comerciais que dirigem o fluxo de mercadorias e serviços do  produtor ao consumidor ou usuário".
Porém, a concepção mais moderna afirma que o marketing inicia-se bem antes do processo produtivo. Afinal, para o lançamento de um novo produto, uma nova marca de mercado, exige-se que se descubra a personalidade de sucesso daquele produto antes mesmo do início de sua produção. É  a pesquisa de mercado que dará condições ou não ao lançamento daquele produto. 
O marketing engloba, também, a manutenção e o crescimento do mercado, das vendas. É fundamental saber se o consumidor ficou satisfeito com sua compra ou se encontra falhas no produto. Descobrir se o consumidor está satisfeito não só com o produto em si mas também com sua distribuição. enfim, todas essas preocupações devem fazer parte do marketing. A interação com o consumidor é importantíssima para que sejam mantidas ou alteradas estratégias de marketing.
Quando o consumidor diz estar satisfeito com o produto e com a forma como é vendido, nada a temer. Mas, se ele aponta problemas, atenção. Essa é a hora de parar para pensar e fazer mudanças antes que a concorrência sepulte seu produto.
Portanto, se após tudo o que for dito, você ainda deseja saber o que é marketing, não para decorar, mas para entender melhor o conceito do mesmo, fique com a definição de Teodore Levitt: objetiva, sintética e fácil de resumir tudo o que foi colocado:


“Marketing é conquistar e manter clientes” e ponto final.

  

domingo, 22 de novembro de 2015

Globalização e Integração Econômica




Destacar a importância das microempresas e pequenas empresas para o fortalecimento econômico de uma determinada região e destacar o contexto desse segmento na nova ordem econômica mundial globalizada

Nos últimos anos, uma nova ordem mundial começou a tomar corpo e tem como princípio básico a integração de grandes áreas geográficas. Assim, formaram-se grandes mercados. Entre as partes integrantes e interessadas no sucesso dessas iniciativas, podemos citar: os governos, instituições como bancos, que visam ao desenvolvimento dessas áreas, empresas e entidades não governamentais interessadas no fortalecimento dessas uniões, como, por exemplo o SEBRAE, Universidades, entre outros.
Na verdade, estamos chamando a sua atenção para uma mudança que se está verificando nos últimos anos em todo o mundo. Referimos ao caso da internacionalização dos mercados, mais conhecida como globalização. Simplificando: você já ouviu falar de exportações e importações, não é mesmo?
Exportações são os produtos que remetemos para o exterior, para outros países enquanto que importações são os produtos que compramos dos outros países.
Se você for hoje ao supermercado, encontrará vários produtos que são provenientes de outros países e que competem com os nossos, oferecendo qualidade e preço às vezes, mais interessantes que os dos nossos.
Hoje e cada vez mais, os produtos importados vão conviver com os produzidos no Brasil. Este fato tem sido destacado nos jornais e revistas como globalização da economia, ou seja, embora você deva considerar os gostos e preferências do local onde pretende abrir seu negócio, é bom prestar atenção ao que está ocorrendo no mundo.
O que vai fazer a diferença entre as empresas que concorrem no mercado é a habilidade de seus donos, a criatividade para enfrentar dificuldades e gerar oportunidades. 
Quando você pensar em abrir uma pequena empresa, lembre-se de que o fator regional poderá exercer uma tremenda influência no desenvolvimento do seu negócio.

Integração Econômica

Em 25 de março de 1991, foi assinado um acordo entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que criou o Mercosul, os países integrantes estavam seguindo a tendência da associação de países em blocos que já estava se consolidando no mundo desenvolvido.
Integrar economicamente significa eliminar barreiras ao vai e vem dos fatores de produção. Quer dizer, os produtos dos países membros podem circular livremente, como se não houvesse fronteiras geográficas. Dependendo do tipo de integração, até mesmo a mão-de-obra tem acolhida livre em qualquer país integrante.
A integração é um acordo político que objetiva vantagens comuns a todos e que podem ser resumidas da seguinte forma:

  • Especialização da economia de cada país envolvido. Cada país passa a se esmerar naquilo que pode fazer de melhor. O princípio básico é que é melhor fazer alguma coisa bem feita do que tentar abraçar o mundo sem ter condições.
  • Aumento da oferta das empresas por causa do aumento do mercado. O aumento do mercado é fundamental para se criar mais produção, mais renda, mais investimento, enfim, mais saúde econômica.

Em geral, para se chegar ao objetivo do mercado comum, algumas etapas devem ser vencidas. Estas etapas absorvem as anteriores e acrescentam mais alguma característica. As principais formas de integração econômica são as seguintes:


Zona de Preferência: Refere-se a criação e à adoção de incentivos ao comércio entre países que fazem fronteira ou estão geograficamente próximos. Entre os incentivos, destaca-se a redução de tarifas, que são as taxas cobradas sobre os produtos importados.

Zona de Livre Comércio: É um degrau a mais sobre o estágio anterior. Consiste na reunião de uns poucos países, na qual se elimina ou se reduz tremendamente as restrições comerciais relacionadas aos produtos da região em foco.

União Aduaneira: É uma evolução sobre a etapa anterior. Diferencia-se pelo fato de que os integrantes estabelecem uma tarifa comum à importação dos países que fazem parte do grupo.

Mercado Comum: Diferencia-se da fase anterior, pois permite a livre circulação de pessoas, bens e serviços.

União Econômica: Economicamente, diferencia-se do sistema anterior por também integrar as moedas dos países membros em uma única.

Integração Total: É o mais adiantado estágio de integração econômica e, conforme o nome está dizendo, elimina todas as barreiras políticas e econômicas. Constitui-se em um estágio de difícil assimilação por envolver tantos interesses. Mas, não é impossível.

A abertura da economia propicia um acirramento da concorrência entre as empresas. Como competir com empresas que detêm um poder de produção e qualidade muito superior ao das nossas, de menor porte? Afinal, não só as empresas dos países do Mercosul serão nossas concorrentes. Além dessas, a concorrência será mais difícil com aquelas representantes de países desenvolvidos, como é o caso dos EUA, dos países da Europa e de empresas, cuja matriz está sediada nos países componentes dos Tigres Asiáticos.
As empresas de pequeno porte no Brasil carecem de capital, não têm acesso aos avanços tecnológicos, e grande parte de seus proprietários não está preparada para enfrentar os novos desafios inerentes à abertura do mercado aos grupos estrangeiros.
Dentre os aspectos mais positivos da globalização, incluem-se as facilidades que o nosso empresário terá em adquirir de fornecedores estrangeiros os produtos necessários para a sua produção industrial, a um custo mais barato que os dos fornecedores locais.
Somente as empresas preparadas para competir neste novo cenário sobreviverão. Qualidade alta e preço baixo farão a grande diferença na hora do consumidor comprar. Quem não estiver ligado nessa nova ordem estará com seus dias contados.

  

sábado, 21 de novembro de 2015

Fatores de Produção



Conceituar o que e quais são os fatores de produção e sua importância na implantação e desenvolvimento de novos negócios 

Voltando no tempo, foram os economistas da época de Adam Smith que resolveram dar nome aos bois, ou seja, ao conjunto de recursos naturais, capital e trabalho que, reunidos, contribuem para que os produtos sejam ofertados, foi dado o nome de fatores de produção.
Qual é a mágica que faz com que os bens e serviços sejam ofertados? Em outras palavras, como é que os produtos que estão no mercado, sejam bens ou serviços, são produzidos?
Esta cadeira que você está sentado agora, por exemplo, como é que nasceu? E o computador, tablet ou celular que você está usando para ler? É produto de quê?
Para ser produzida, a cadeira incorporou parte de alguma árvore. Sem a madeira, seria impossível produzir essa cadeira na qual você está sentado e que imagino ser de madeira. Caso o material com o qual ela foi feita não seja de madeira, não importa, para "nascer", isto é, ser produzida, há que existir algum material, chamado pelos economistas de recursos naturais. Recursos naturais, como o nome está indicando, são todos os recursos que existem na natureza e que, pela mão do homem, isto é, pelo seu trabalho, viram um produto que atende a uma determinada necessidade.
É evidente que para se produzir qualquer coisa, há que se ter, além de recurso natural, uma boa dose de trabalho e algum dinheiro, sob a forma de equipamento ou em espécie mesmo, o chamado capital.

Mas por que então um destaque especial para os fatores de produção?

É simples. Vamos tentar primeiro identificar a importância dos fatores de produção para economia como um todo, ou seja, vamos falar da importância desses fatores para o Estado de São Paulo. Depois, tentaremos estabelecer a relevância dos fatores de produção para quem está interessado em iniciar um negócio.
São Paulo é o estado de maior expressão econômica no Brasil. É comum se dizer que São Paulo é um Brasil dentro do Brasil, é um país dentro do outro. Qual é o segredo deste estado? Bom, embora não seja nossa intenção discorrer profundamente sobre este assunto, é fácil encontrar respostas na história do Brasil.
O desenvolvimento de São Paulo está associado ao seu tamanho, à sua localização geográfica privilegiada, aos seus produtos naturais (destacando-se, nos primórdios, o café) e, sobretudo, tradição de trabalho de seu povo, que teve forte influencia do imigrante europeu. Assim, fortalecidos os aspectos econômicos, a força política do Estado de São Paulo se fez e se faz presente até hoje, conseguindo vitórias importantes para seu povo.
E daí? Você pergunta. E daí, eu respondo que, se São Paulo não fosse um celeiro de recursos naturais, se não houvesse terra suficiente para se plantar café, para criar gado e para desenvolver outras culturas agrícolas, se não tivesse havido um forte desenvolvimento da capital como centro de negócios e de decisões políticas, teria sido difícil chegar aonde chegou.
Caso você pense em se tornar empresário, é bom dedicar atenção aos fatores de produção. Saber onde encontrar e quanto vão custar esses fatores de produção necessários para fazer seu negócio andar são os pontos importantes que você deve considerar na hora de fazer o planejamento do seu negócio. O plano de negócios é algo imprescindível para você começar, conforme veremos oportunamente.

Os Novos Fatores de Produção


Será que os fatores de produção tradicionais, definidos há alguns séculos, continuam valendo? Não há nenhuma novidade nessa área?
Claro que há. Produtos dos tempos atuais, tecnologia e a capacidade de empreender também podem ser considerados fatores de produção. A tecnologia é um produto do nosso século. Podemos defini-la como a forma de fazer as coisas novas de maneira mais eficaz ou coisas antigas de modo diferente e também mais eficaz.

Tecnologia

A televisão, o rádio, o computador, o automóvel, tudo isso é tecnologia, não é mesmo? Poderíamos citar inúmeros outros exemplos, mas vamos ficar só com esses, que são simples e mostram como a tecnologia nos ajuda a ter uma qualidade de vida superior e torna nossa vida mais fácil.
Mas a tecnologia, da mesma forma que tem o papel de propulsora de qualidade de vida, está sendo considerada também vilã e destruidora de empregos. É que, como a máquina substitui o homem, cada vez mais a tecnologia contribui para que muitos postos de trabalho acabem.
Hoje, o robô substitui com vantagem o homem em linhas de produção. como na montagem dos automóveis, por exemplo. Visite uma montadora de carros estrangeiros e constate como isso ocorre. Os robôs se encarregam de unir diferentes partes de um carro, substituindo com superioridade o homem, do ponto de vista do empresário. Este pensa em produzir mais rápido e com um custo mais barato, se comparados os robôs e os operários.
Para o empresário é bom negócio. Afinal, robô custa caro. mas não recebe salário, não faz greves e, com uma boa manutenção, trabalha inclusive fazendo horas extras no sábado, domingo e feriados, sem receber uma moeda sequer em pagamento. Uma boa dose de graxa e pronto, o robô está devidamente alimentado para prosseguir por mais um longo tempo em sua tarefa de montador de carros ou coisa que o valha. 
Para o trabalhador, o robô é um pesadelo que muito tem contribuído para diminuir a oferta de trabalho, assim como alguns programas de computador, os chamados softwares.
Entre em um banco qualquer. O sistema de atendimento hoje é completamente diferente de alguns anos atrás. Apesar de ainda haver filas, se a informática não estivesse ajudando os bancos, o caos seria muito maior. Não está longe o dia em que os office-boys terão o seu dia de trabalho muito mais produtivo, com filas praticamente inexistentes e um atendimento rápido e com qualidade. Quem viver verá.



  

Capacidade de Empreender


A capacidade de empreender novos negócios, por sua vez, também é de fundamental importância para o desenvolvimento do mercado de produtos e serviços. Um povo que possui uma elevada dose de capacidade de empreender muito contribui para uma forte e que não depende dos empregos oferecidos pelo governo.
Aqui, cabe um pequeno comentário. As oportunidades de trabalho nas grandes empresas vão continuar a existir. Porém, é bom ir pensando que deverão diminuir, à medida que as empresas do governo serão privatizadas, ou seja, vendidas para outros grupos que não costumam contratar muita gente. Da mesma forma, as empresas privadas de grande porte, nacionais ou multinacionais, terão de se ajustar aos novos tempos, diminuindo custos para que seus produtos, sejam cada vez mais baratos e com melhor qualidade.
A tecnologia desempenhará um papel fundamental para a resolução de custos na medida em que diminuirá a estrutura de pessoal nas grandes empresas.
Em outras palavras, a máquina substituirá o homem em algumas tarefas a um custo muito menor para as empresas e com qualidade igual ou superior, dependendo das tarefas a serem executadas. este fato será evidente nas tarefas de repetição, as de ordem mecânica. Porém, a máquina jamais substituirá o homem nas tarefas que impliquem criatividade.