terça-feira, 7 de julho de 2015

Teoria das Relações Humanas

As Origens da Teoria das Relações Humanas

A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos:

1. A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-as aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse sentido, a Teoria da Relações Humanas se revelou um movimento tipicamente americano e voltado para a democratização dos conceitos administrativos.
2. O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente da psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização industrial. As ciências humanas vieram demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica.
3. As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin, foram fundamentais para o humanismo na administração.
Elton Mayo é o fundador da escola. Dewey e Lewin também contribuíram para a sua concepção.
4. As conclusões da experiência de Hawthorne, realizada realizada entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em xeque os principais postulados da Teoria Clássica da Administração. 

A Experiência de Hawthorne

Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos fez uma pesquisa para verificar a correlação entre produtividade e iluminação do local de trabalho, dentro dos pressupostos da Administração Científica.
Pouco antes, Mayo conduzira uma pesquisa em uma indústria têxtil com elevadíssima rotatividade de pessoal (cerca de 250% ao ano) e que havia tentado inutilmente vários esquemas de incentivos salariais (conceito de homo economicus).
Mayo introduziu um intervalo de descanso, delegou aos operários as decisões sobre horários de produção e contratou uma enfermeira.
Em pouco tempo, emergiu um espírito de grupo, a produção aumentou e a rotatividade do pessoal diminuiu.
Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma experiência na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company, situada em Chicago, para avaliar a relação entre a iluminação e eficiência dos operários, medida por meio da produção.
A experiência foi coordenada por Elton Mayo e estendeu-se à fadiga, aos acidentes de trabalho, à rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal.
Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica.
Tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico, então estranho e impertinente, e que fez a experiência se prolongar até 1932.        













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