quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Planejamento e Controle Financeiro



Incutir a necessidade de planejar e controlar o desempenho da empresa

A função de finanças/recursos em uma empresa é responsável pela captação dos recursos e pela análise crítica desses fundos, objetivando a maximização de resultados. Como todas as atividades da empresa envolvem a utilização de recursos, a administração financeira tem de estar ligada em todas as atividades para atingir a sonhada maximização de resultados.
O gerente financeiro (no caso da pequena empresa, o próprio dono) tem de implantar sistemas de controle que visem atingir aquele objetivo. Dessa forma, será possível avaliar as repercussões que as decisões presentes causarão à empresa. Preparar o terreno para decisões de impacto no futuro também é função da gerência financeira.

Para que se implante o sistema de controle financeiro, a empresa necessita:

  • fixar as metas da empresa;
  • comparar os resultados reais com os previstos no sistema de controle, corrigindo desvios.

O sistema de controle financeiro tem de estar integrado com todas as áreas da empresa. Em relação a uma pequena empresa, ele é fundamental para que se consiga atingir as metas traçadas. Esse sistema deve cobrir e integrar todas as áreas de atuação da empresa.
Na hora de implantar o planejamento financeiro global de uma empresa, o empresário tem de estar atento para os seguintes pontos:

  • Projetar os recursos necessários para a empresa operar em um determinado período, de acordo com suas metas.
  • Calcular o montante de recursos próprios e de terceiros que sustentarão suas metas.
  • Garimpar as fontes de recursos adicionais.
  • Determinar a correta aplicação dos recursos.

Controlar significa acompanhar o desempenho da empresa em função do que foi planejado, corrigindo eventuais distorções. Assim, o processo como um todo não irá se desviar de seus objetivos maiores. Caso os números reais mostrem um panorama totalmente diferente daquele projetado, cabe corrigir o plano, para que ele fique de acordo com o mercado. Neste particular, é de suma importância uma perfeita interação entre todas as áreas da empresa, a fim de capitalizar as informações.

Presente e Futuro

No planejamento financeiro, deve-se ter atenção tanto ao aspecto imediato, resultados positivos no curto prazo, como também ao aspecto de longo prazo, ou planejamento estratégico.
O plano de longo prazo tem a ver com a sobrevivência da empresa em um horizonte de aproximadamente cinco anos. É necessário avaliar o mercado e suas tendências, procurando definir uma estratégia que a empresa deve perseguir no longo prazo.
Em geral, a pequena empresa está preocupada somente com sua sobrevivência mais imediata. O empresário quer saber se vai ter dinheiro para pagar a fatura de matéria-prima, ou o salário dos empregados no final do mês. Essas, em geral, são as maiores preocupações da pequena empresa e, junto com o empréstimo bancário, são responsáveis pelas noites mal dormidas do empresário na sua luta por dias melhores.
Na grande empresa, a preocupação com o longo prazo é mais evidente. É que ela já passou pela fase inicial de sobrevivência que as empresas enfrentam. Capitalizadas, procuram consolidar sua participação no mercado através da preocupação de como será no futuro. As empresas multinacionais costumam planejar até dez anos à frente, tendo o cuidado de integrar o planejamento político, econômico e social de um país às metas que são traçadas pela alta administração.
Alguns acham perda de tempo planejar mais do que um ano à frente, em face das constantes mudanças que ocorrem no cenário econômico do Brasil. Porém, desde que sempre avaliado, o planejamento estratégico é de suma importância para que qualquer empresa, independentemente do porte, possa nortear seu futuro.
Uma empresa que queira crescer conta com somente duas possibilidades para conseguir seu objetivo:

  • uma são os recursos próprios provenientes da atividade empresarial;
  • a outra são os empréstimos e financiamentos que o mercado oferece.   

Fontes de Financiamento



Embora já se tenha abordada a questão do financiamento ao longo do tema, é conveniente dar um destaque especial a esse item. Afinal, qualquer empresa que queira crescer conta somente com duas possibilidades para conseguir seu objetivo: uma são os recursos próprios, provenientes da atividade empresarial; a outra são os empréstimos e financiamentos que o mercado oferece.
Quando a empresa necessita desenvolver um projeto de ampliação de suas instalações físicas e/ou compra de máquinas e equipamentos, o financiamento preenche esta lacuna.
Em geral, cada país possui um órgão específico que executa a política econômica de apoio empresarial. Os Estados Unidos possuem o EXIMBANK, o Canadá conta com o EDC etc.
No Brasil, o responsável por esta política é o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Ele operacionaliza financiamentos por conta própria ou através dos chamados agentes que são os bancos componentes da rede bancária que repassam os recursos do BNDES. Como não se trabalha de graça, ao repassarem os recursos, os bancos cobram das empresas um custo relativo a essa operação.
Embora os financiamentos possam variar em relação às condições de custos, em geral, apresentam as seguintes características, que é importante você saber:

  • Prazo total: É o número de meses que você tem para liquidar o financiamento.
  • Prazo de carência: É o prazo durante o qual você só paga os juros, excluindo-se a amortização 
  • Prazo de amortização: É o prazo que você tem para pagar o principal do financiamento.
  • Del Credere: É o custo, expresso em taxas de juros, que o agente financeiro cobra para repassar os recursos do BNDES para sua empresa.
  • Custo: É o que o BNDES e os agentes cobram para conceder o financiamento. O custo total inclui os juros que são cobrados pelo BNDES, acrescidos dos percentuais de juros cobrados pelos agentes financeiros.

O BNDES está ligado a Internet e esclarece as principais dúvidas relacionadas à questão de financiamentos. O texto que você lerá, a seguir, foi extraído do próprio serviço de informações do BNDES e nós o reproduzimos para sua orientação. É evidente que as condições dos financiamentos podem mudar em função dos interesses da política econômica. Contudo, o texto, a seguir, constitui uma excelente ferramenta para você ter em mãos antes de iniciar qualquer negociação com algum banco.

Linhas de Financiamento - Perguntas mais frequentes

Perguntas mais frequentes e suas respectivas respostas, visando facilitar o entendimento sobre os principais aspectos operacionais das linhas de financiamento do BNDES.

1. Quais são os investimentos financiados pelo BNDES?
2. O que não pode ser financiado pelo BNDES?
3. Como o BNDES financia?
4. Quem são os agentes financeiros?
5. O BNDES financia a pessoa física?
6. Quem pode obter financiamento no BNDES?
7. Quem pode candidatar-se a financiamento com recursos do BNDES?
8. Existe alguma diferenciação nas condições de financiamento?
9. Como é definido o porte da empresa?
10. Quanto o BNDES financia?
11. Quais são os prazos totais praticados nos financiamentos do BNDES?
12. O que é prazo de carência?
13. O que é prazo de amortização?
14. Sempre será exigida garantia nos financiamentos com recursos de BNDES?
15. O BNDES tem alguma linha de financiamento a fundo perdido ou que contenha subsídio?
16. Quais são as linhas de financiamento que somente podem ser operacionalizadas através dos agentes financeiros?
17. O BNDES investe em capital de risco?
18. Empresas médias ou pequenas podem ter acesso a estas operações?

Novas possibilidades 

Além da possibilidade de conseguir financiamento através da rede bancária, é possível, embora não seja muito comum, conseguir financiamento para o seu projeto em empresas que possam ter interesse no desenvolvimento dele. Uma pequena indústria, por exemplo, poderá consumir algum insumo de uma grande empresa. Por que não unir os interesses?
As parcerias empresariais devem ser analisadas por quem está pensando em ingressar no mercado. Desde que os interesses sejam convergentes, não há problema em propor um casamento de objetivos.
Mas não bastam só os interesses convergentes. A empresa que você abordará tem de vislumbrar uma boa possibilidade de ganho ao participar no seu projeto. Por exemplo, uma pequena empresa de produção de massas alimentícias pode querer fazer parceria com uma grande empresa fornecedora de farinha de trigo. Resta saber o que a fornecedora do trigo ganhará com isso.
Se ela vislumbrar uma boa possibilidade de ganho, o projeto poderá conseguir o financiamento desejado, não necessariamente através de dinheiro. Pode ser estudado um acordo da seguinte forma: a fabricante de farinha irá fornecer matéria-prima para ser paga através de um crédito especial. De outro lado, a pequena empresa irá se comprometer formalmente a comprar trigo só daquela indústria, durante um certo período.

Conclusões 

É evidente que, com essas sugestões, estamos querendo somente despertar sua atenção para as oportunidades que existem no mercado. As condições de cada acordo dependerão de muita negociação para que o empreendimento prospere. De qualquer forma, tenha sempre em mente que um negócio tende a prosperar desde que seja conveniente para ambas as partes. Se uma das partes está levando vantagem sobre a outra, este não é um bom negócio!
Para propor qualquer tipo de parceria, é indispensável que você possua um Plano de Negócios. Sem ele, esqueça qualquer tipo de parceria, empréstimo ou financiamento bancário. Dotá-lo da capacidade de elaborar um bom plano de negócios capaz de disciplinar o seu trabalho e atrair a atenção de investidores interessados é uma das principais metas deste curso.
Além disso, não se esqueça que a aplicação do capital exige estudo das várias alternativas.
Existem métodos de avaliação de investimento que você poderá no futuro desenvolver e aprofundar com uma pesquisa sobre esse assunto.  

            

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